No momento da escolha do curso e da universidade no exterior, é muito importante se informar sobre as opções existentes, analisá-las e compará-las. No Reino Unido, por exemplo, há mais de 40 mil cursos de graduação.
“Para além das formações clássicas em negócios, marketing, direito, ciências biomédicas e engenharia, há cursos que o estudante pode nem fazer ideia que existem. Daí a necessidade de conhecer para poder tomar essa decisão com consciência e segurança”, diz João Almeida, 27 anos, consultor da OK Student, em Lisboa, Portugal. Ele mesmo passou pela experiência de estudar na Inglaterra, onde cursou Gestão Turística Internacional na Middlesex University, em Londres, de setembro de 2013 a maio de 2016.
Para mostrar a relevância dessa pesquisa aprofundada, ele conta o caso de uma estudante que gostava da área de direitos humanos, sustentabilidade e de ajudar as pessoas. Ela havia pensado em Relações Internacionais, mas acabou optando por Disaster Management & Sustainable Practices depois de saber que havia essa opção. “Esse curso só é oferecido em uma universidade do Reino Unido. Sozinha e sem a ajuda de uma consultoria, possivelmente ela não chegaria nesse curso. “Às vezes, por não conhecerem ou não pesquisarem, os estudantes deixam de se candidatar a um curso que poderia ir ao encontro do que ele realmente quer.”
Como exemplos de cursos diferentes oferecidos no país, ele cita Surf Science & Technology, Golf Management e Contemporary Circus and Physical Performance. Também há os chamados cursos do futuro, com grande potencial de empregabilidade, entre eles Ethical Hacking, Artificial Intelligence, Data Analysis, Environmental Engineering, Outdoor Leadership e o próprio Disaster Management & Sustainable Practices.
O consultor explica que, mesmo em um curso mais tradicional, como Gestão Turística Internacional, o aluno pode escolher uma abordagem mais geral voltada ao turismo ou uma ênfase mais específica, como marketing, recursos humanos, eventos, hospitalidade, aviação ou sustentabilidade. Os cursos também podem variar de universidade para universidade. Não só em relação à ênfase, mas em termos de método de avaliação, plano curricular, acreditações e saídas profissionais.
Outro ponto importante é se o aluno busca uma graduação com abordagem mais teórica ou prática. Um mesmo curso, dependendo da instituição, pode contemplar, em relação à avaliação, apresentações, trabalhos em grupo, relatórios, questionários e entrevistas e projetos, enquanto outro ser à base de exames. O mesmo acontece em relação a estágio durante a graduação. Algumas universidades oferecem a possibilidade do aluno ter essa experiência em outro país e depois retornar e finalizar a graduação.
No processo de escolha, o estudante também deve atentar para as diferenças de preços. Dependendo da universidade e do curso, uma licenciatura pode variar de 11 a 20 mil libras por ano. Ao final de um período de três anos, que é a duração do curso, isso pode resultar numa economia significativa. “Não é por ser mais caro que o curso vai ser melhor ou pior, pois isso está relacionado ao tipo de estudante que a universidade procura angariar”, afirma João.
Para o consultor, todos esses fatores devem ser pesados no processo de escolha de um curso e da universidade. “O foco das universidades é a empregabilidade, e os alunos querem terminar o seu curso e conseguir um bom trabalho na área que gostam. Para isso é fundamental escolher o curso e a universidade certa”.
Diante da pandemia do novo coronavírus, universidades de todo o mundo têm direcionado suas pesquisas para compreender melhor os impactos relacionados à Covid-19 e conter o seu avanço. Nesse cenário, a University College London (UCL) tem contribuído com estudos para melhorar o diagnóstico e ajudar no desenvolvimento de uma vacina para a doença e também na divulgação de informações à população e às autoridades de saúde do Reino Unido e também do mundo.
Entre os principais estudos realizados pela UCL estão o desenvolvimento de um novo protocolo para o sequenciamento genético do novo coronavírus (em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz), a sua relação com possíveis danos cerebrais e uma das pesquisas (Virus Watch) mais abrangentes sobre transmissão e imunidade da Covid-19, realizada com 42 mil voluntários no Reino Unido.
A forte atuação da UCL no combate à Covid-19 fez com que a instituição ganhasse destaque na mídia. Mas, seus atributos vão além disso. Fundada em 1826, UCL é a universidade mais antiga da capital inglesa e pioneira em várias frentes. Foi a primeira na Inglaterra a ter mulheres na educação universitária, a receber estudantes de qualquer religião ou origem social e a ensinar inglês, alemão, química e engenharia.
Atualmente, suas 11 faculdades reúnem mais 43 mil alunos de cursos de graduação e de pós-graduação, em áreas diversas, que vão de engenharia, medicina e ciências ambientais e exatas, a ciências sociais aplicadas, artes e humanidades. Com 29 ganhadores de Prêmios Nobel e presente nas primeiras colocações dos principais rankings internacionais de educação e ciência, seu ensino e pesquisa são reconhecidos mundialmente pela excelência e impacto global. Entre os principais temas de estudo e ações estão neurociência e primeira infância, medidas de combate à fome, descobertas sobre o buraco negro e terapias genéticas.
A internacionalização é outra forte marca da UCL, que possui parcerias com instituições de todo o planeta. Mais da metade de seus alunos são estudantes internacionais, o corpo docente reúne professores de diferentes nacionalidades.
A UCL faz parte de uma federação de cerca de 20 instituições de ensino superior, reunidas sob o nome da University of London. Também integra o chamado Golden Triangle das universidades britânicas, que designa as mais prestigiadas instituições educacionais de Londres, Oxford e Cambridge, que inclui também Imperial College London, King’s College e London School of Economics and Political Science.